segunda-feira, 23 de abril de 2012

Inteligência coletiva


Quando Pierre Lévy afirma que dependendo do modelo que se adote “a inteligência coletiva é mais um campo de problema do que uma solução”, me pus a refletir quanto a construção do conhecimento coletivo que se fecha numa colmeia, tal qual o autor comparou,  pois restringindo a informação ao grupo a possibilidade de colaboração de fontes externas também estará sendo interrompida. Nesse caso não há avanço, a rede se torna estática e o fluxo de trocas é limitado, impedindo que outras influências agreguem conhecimento ao que já foi produzido. 
Os portais web são exemplos de construções restritas que apenas veinculam sua própria informação, diferente dos sites que dão acesso a outros ambientes, que complementam a informação ou possibilitam o acesso a outro pensamento.
Um outro exemplo são os países com restrição de comunicação que não permitem que a troca de informação com outros seja livre e isto faz com que a própria configuração social estagne, uma vez que desconhecendo os problemas sociais de outros e a forma como  foram superados esses problemas, ou o que tem sido feito para superá-los, faz com que a dominação persista por muito mais tempo.
 

domingo, 15 de abril de 2012

Web 1.0, 2.0, 3.0. . .

Em 1999 Darcy DiNucci publica na Print Magazine um artigo introduzindo o termo web 2.0, que anuncia que várias mudanças na web a estava tornando mais interativa, mais interconectada e mais presente no cotidiano das pessoas (fonte). Mas o mérito de desenvolvimento do conceito fica para Tim O' Reilly fundador da O'Reilly Media, Inc. e Dale Dougherty vice-presidente, que numa conferência em 2005 desenvolve o conceito web 2.0, que para alguns é uma natural evolução da web que atende à necessidade das pessoas de interagir com o conteúdo, passando de meros receptores de informações a autores, produtores de informação, diferente do que acontecia com a TV (ver mais).
Nessa fase o foco da evolução da rede é o usuário, este passa a poder contribuir, colaborar e cooperar no seu uso e com sua experiência na construção de sites, programas e na difusão de informação. Isto remete ao conceito de inteligência coletiva, pois a partir de informações de uso e demandas dos interagentes, cada vez mais são construídos aplicativos web que permitem o uso da internet como plataforma de processamento e distribuição de arquivos, participação e interação dos usuários com o conteúdo e entre eles próprios, o que antes só era possível através de e-mail. Exemplos de aplicativos mais conhecidos: blogs, youtube, wikipedia e Picnik (editor de imagens online, extinto recentemente).
A partir da publicação de um artigo do jornalista John Markoff no The New York Times, que prevê que no próximo passo da evolução da rede o foco será a organização, estruturação e uso inteligente dos conhecimentos difundidos. Passou a ser considerado que o interagente web, experimentará uma personalização na sua busca de dados numa “rede semântica”, conceito postulado por Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web, que conhecemos pela sigla www e que não patenteou a web, que ele acredita só ter se tornado o fenômeno de hoje justamente por não ser um software proprietário. A expectativa é de que, com a Web 3.0, a busca será mais precisa e direcionada pois a rede realizará a pesquisa a partir da análise das informações dos hábitos de acesso, gostos e preferências do usuário, interpretando o sentido do que ele deseja encontrar, ou melhor dizendo, do que ele literalmente pergunta à rede. Os usuários serão interpretados pela rede.
Mas, muitos pensadores questionam o frenezi que cerca a nomenclatura Web 2.0, afirmam que não passa de marketing, a que chamam de buzzword (alarido em torno de uma nova palavra surgida a partir da necessidade de explicar a internet),  pois entendem que as suas funcionalidades são naturais evoluções da rede, que cada vez mais indepedem das grande corporações para serem promovidas, uma vez que são criadas a partir das necessidades e da experiência dos usuários. Alguns também afirmam que a validade dessas funcionalidades não se perderiam se tais nomenclaturas não fossem criadas e que para a grande maioria que ainda não possuem acesso à rede mundial, excluídos digitais, essas fases evolutivas não serão sequer percebidas, portanto não se fazem necessárias. (Ver mais).
Numa breve reflexão sobre a pouca evolução da web que pude vivenciar, já que não tive muito acesso a rede mundial quando ela era utilizada mais como fornecedora de informação, confirmo que a possibilidade de interação foi sem dúvida o divisor de águas na minha experiência de usuária. Pois, apesar dos recursos de comunicação, informação e entretenimento me atraírem bastante, a experimentação autora e interativa foram bem mais significativas e sedutoras. Mas, essa percepção foi “passando batida” até então, provavelmente pelo meu pouco acesso inicial, o que não me permitia requerer mais do que era oferecido, mas agora no meu uso diário tenho visualizado melhor certas mudanças e me tornando mais uma fomentadora de novas funcionalidades. Tenho utilizado há algum tempo um recurso de "experiência de usuário", que aparece quando inicio alguns programas e ele pede permissão para acessar meus dados de uso com a intenção de melhorar as próximas versões do programa ou realizar correções nas atualizações, o que pode ser mais bem experimentado pelos usuários avançados de aplicativos  com licença livre, pois eles podem modificar e aperfeiçoar esses programas. Quanto à próxima fase notei que, como faço constantes pesquisas de sites de Educação, passei a receber e-mails com ofertas de produtos relacionados a Educação, os incômodos spams, uma mostra do que será uma experiência de navegação cada vez mais personalizada e direcionada à necessidade do usuário, que a partir de uma web database reduzirá o tempo e o número de pesquisas, tornando-se uma experiência mais eficiente. Esta é de fato uma necessidade que tenho quando realizo buscas, pois recebo uma relação de sites que atendem aos diversos sentidos dos termos pesquisados e dificultam a localização da informação pretendida e que um refinamento da pesquisa ajudaria muito a contornar. No entanto, nisso também se perde alguma privacidade e a possibilidade de se deparar com algo inusitado para o gosto do usuário, mas que ainda assim lhe agrade.
 

Fontes:

Alessandro Greco. ... e ele criou a web. Disponível em: http://veja.abril.com.br/especiais/tecnologia_2006/p_040.html. Acesso em: 19/04/2012.

Carlos Alberto. Web 3.0 ou Web semântica? Disponível em: http://www.hosanarte.com/web-3-0-ou-web-semantica. Acesso em: 15/04/2012.

Conceituando o que é Web 2.0. Disponível em:http://web2.0br.com.br/conceito-web20/. Acesso: 15/04/2012.

Danilo Amoroso. O que é Web 2.0? Disponível em:http://www.tecmundo.com.br/web/183-o-que-e-web-2-0-.htm. Acesso em: 15/04/2012.

Gustavo Freitas. O que é Web 2.0? Vamos descobrir agora! Disponível em:http://www.novonarede.com.br/blog/index.php/2010/03/o-que-web-2-0-vamos-descobrir-agora/. Acesso: 15/04/2012.

José Carlos Mota. Da Web 2.0 ao e-learning 2.0: Aprender na rede. Disponível em:http://orfeu.org/weblearning20/1_1_genese_do_conceito. Acesso: 15/04/2012.

Miguel Monteiro. O que é uma buzzword? Disponível em: http://www.janelanaweb.com/digitais/monteiro9.html. 15/04/2012.

Spam. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Spammer. Acesso em: 15/04/2012.

Web 2.0 entrevista de Eduardo Favaretto. Disponível em:http://www.youtube.com/watch?v=JgaKFYgAbfs&feature=youtube_gdata_player. Acesso: 15/04/2012.


Alguns conceitos.

A disciplina vai evoluindo e a cada aula vão surgindo novas descobertas e também vão se desfazendo usos e costumes equivocados sobre as tecnologias contemporâneas.

 Estamos aprendendo e discutindo diversos conceitos sobre software, hardware e outros ligados à tecnologia. Para minha surpresa há mais de um SO (Sistema Operacional) Linux, aliás GNU Linux, que possui diferentes versões além do Ubuntu. Aliás, pesquisando descobri que além deste, do Windows e do Mac que eu já conhecia, também há outros menos conhecidos (OS/2, ReactOS, FreeDOS e FreeBSD), que são Sistemas Operacionais livres como o GNU Linux e que por questões de mercado são pouco divulgados, o que acaba limitando o nosso conhecimento a fim de fazer prevalecer a marca do produto, sua estética e não a sua funcionalidade, como acontece no caso dos editores de texto e imagem, onde a difusão de determinadas marcas faz com que sejam cada vez mais consumidos, mais caros e se tornem referências, não pela qualidade que oferecem o que não está de fato associado ao seu preço e design, mas pela força da propaganda que afetam as escolhas quando se ignora as intencionalidades do mercado.

Também refletimos sobre a evolução dos dispositivos de armazenamento que do disquete chegou ao CD, DVD, HD interno e externo (disco rígido), pen-drive, cartão SD, web e outros (relação não cronológica).