domingo, 30 de setembro de 2012

TV e Vídeo e Educação

TV e Vídeo na Educação foi um dos seminários em que as discussões foram mais dinâmicas e espontâneas e já vinham acontecendo no ambiente do moodle.

Um dos pontos mais interessantes foi a discussão sobre as práticas pedagógicas que utilizam a TV e o Vídeo como um recurso sem intencionalidade, sem contextualizar com os alunos uma visão crítica do seu conteúdo ou na ausência do professor para ter como ocupá-los. Também discutimos sobre a repercussão da chegada dessas tecnologias à escola sem que o professor recebesse aperfeiçoamento para trabalhar com uma linguagem dinâmica e audiovisual. Outro ponto discutido foi a influência da televisão no cotidiano das pessoas, como ela é utilizada principalmente pelo mercado para educar para o consumo de bens e produtos e de uma falsa promessa através de recursos de maquiagem e de edição de imagem que dão aos atores o aspecto de uma aparência "perfeita" o que faz com que as pessoas  acabem até se deformando em busca de um corpo perfeito e de uma juventude eterna.

Em minha reflexão sobre a TV e Vídeo considerei que mais que a contextualização dos conteúdos curriculares com as notícias da atualidade e a leitura de filmes e desenhos animados, penso que o uso da TV na educação deve conferir aos alunos uma reflexão sobre as intenções das produções veiculadas pela TV e também lhes proporcionar autoria e produção de conteúdo e análise de suas próprias produções. Pois, com uma câmera digital simples ou usando o recurso de câmera de um celular eles podem gravar pequenos vídeos, editá-los e produzir uma programação para a web TV da escola, ou criar documentários para apresentar seus trabalhos, aprender a criar desenhos animados com temas dos projetos da escola, produzir vídeos com entrevistas com a comunidade escolar que podem ser postados no youtube ou no blog da escola (claro que com autorização dos responsáveis).

Até porque, eles já fazem isso, cada dia mais vídeos de conflitos entre alunos de escolas de diversos níveis sociais são postados na internet. É como se eles estivessem suplicando a oportunidade de produzir, de expressar-se, como se dissessem “sabemos usar câmeras, computadores e a internet e temos algo a dizer sobre nós, sobre nossas realidades e sobre a nossa escola”. Então o que falta é reconhecimento de suas capacidades e mediação, falta a escola validar esse fenômeno e parar de usar a TV para “passar vídeo” para os alunos assistirem e fazer um cartaz ou um texto sobre o que entenderam, não que a análise crítica não seja importante, mas não podemos para por aí.

Nenhum comentário: