TV e Vídeo na Educação foi um dos seminários em que
as discussões foram mais dinâmicas e espontâneas e já vinham acontecendo no ambiente
do moodle.
Um dos pontos mais interessantes foi a discussão sobre
as práticas pedagógicas que utilizam a TV e o Vídeo como um recurso sem intencionalidade,
sem contextualizar com os alunos uma visão crítica do seu conteúdo ou na
ausência do professor para ter como ocupá-los. Também discutimos sobre a
repercussão da chegada dessas tecnologias à escola sem que o professor recebesse
aperfeiçoamento para trabalhar com uma linguagem dinâmica e audiovisual. Outro ponto discutido foi a influência da televisão no
cotidiano das pessoas, como ela é utilizada principalmente pelo mercado para
educar para o consumo de bens e produtos e de uma falsa
promessa através de recursos de maquiagem e de edição de imagem que dão aos atores
o aspecto de uma aparência "perfeita" o que faz com que as pessoas acabem até se deformando em busca de um corpo
perfeito e de uma juventude eterna.
Em minha reflexão sobre a TV e Vídeo considerei que mais que a
contextualização dos conteúdos curriculares com as notícias da atualidade e a
leitura de filmes e desenhos animados, penso que o uso da TV na educação deve
conferir aos alunos uma reflexão sobre as intenções das produções veiculadas pela
TV e também lhes proporcionar autoria e produção de conteúdo e análise de suas
próprias produções. Pois, com uma câmera digital simples ou usando o recurso de
câmera de um celular eles podem gravar pequenos vídeos, editá-los e produzir uma
programação para a web TV da escola, ou criar documentários para apresentar
seus trabalhos, aprender a criar desenhos animados com temas dos projetos da
escola, produzir vídeos com entrevistas com a comunidade
escolar que podem ser postados no youtube ou no blog da escola (claro que com
autorização dos responsáveis).
Até porque, eles já fazem isso, cada dia mais vídeos de conflitos entre alunos de escolas
de diversos níveis sociais são postados na internet. É como se eles estivessem
suplicando a oportunidade de produzir, de expressar-se, como se dissessem
“sabemos usar câmeras, computadores e a internet e temos algo a dizer sobre
nós, sobre nossas realidades e sobre a nossa escola”. Então o que falta é
reconhecimento de suas capacidades e mediação, falta a escola validar esse
fenômeno e parar de usar a TV para “passar vídeo” para os alunos assistirem e
fazer um cartaz ou um texto sobre o que entenderam, não que a análise crítica
não seja importante, mas não podemos para por aí.
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