
Nessa
fase o foco da evolução da rede é o usuário, este passa a poder
contribuir, colaborar e cooperar no seu uso e com sua experiência na construção
de sites, programas e na difusão de informação. Isto remete ao
conceito de inteligência coletiva, pois a partir de informações de
uso e demandas dos interagentes, cada vez mais são construídos aplicativos web que permitem o uso da internet como plataforma de processamento e distribuição
de arquivos, participação e interação dos usuários com o
conteúdo e entre eles próprios, o que antes só era possível
através de e-mail. Exemplos de aplicativos mais conhecidos: blogs,
youtube,
wikipedia e Picnik (editor de imagens online, extinto recentemente).
A partir da publicação de um artigo do
jornalista John Markoff no The New York Times, que prevê que no próximo passo da
evolução da rede o foco será a organização, estruturação e uso inteligente dos
conhecimentos difundidos. Passou a ser considerado que o interagente web, experimentará uma
personalização na sua busca de dados numa “rede semântica”,
conceito postulado por Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web, que conhecemos pela sigla www e que não patenteou a web, que ele acredita só ter se tornado o fenômeno de hoje justamente por não ser um software proprietário. A expectativa é de que, com a Web 3.0, a busca será
mais precisa e direcionada pois a rede realizará a pesquisa a partir
da análise das informações dos hábitos de acesso, gostos e
preferências do usuário, interpretando o sentido do que ele deseja
encontrar, ou melhor dizendo, do que ele literalmente pergunta à
rede. Os usuários serão interpretados pela rede.
Mas,
muitos pensadores questionam o frenezi que cerca a nomenclatura Web
2.0, afirmam que não passa de marketing, a que chamam de
buzzword (alarido em torno de uma nova palavra surgida a partir da necessidade de explicar a internet), pois entendem que
as suas funcionalidades são naturais evoluções da rede, que cada vez mais
indepedem das grande corporações para serem promovidas, uma vez que são
criadas a partir das necessidades e da experiência dos usuários.
Alguns também afirmam que a validade dessas funcionalidades não se
perderiam se tais nomenclaturas não fossem criadas e que para a
grande maioria que ainda não possuem acesso à rede mundial, excluídos digitais, essas fases evolutivas não
serão sequer percebidas, portanto não se fazem necessárias. (Ver mais).
Numa
breve reflexão sobre a pouca evolução da web que pude vivenciar,
já que não tive muito acesso a rede mundial quando ela era
utilizada mais como fornecedora de informação, confirmo que a
possibilidade de interação foi sem dúvida o divisor de águas na
minha experiência de usuária. Pois, apesar dos recursos de
comunicação, informação e entretenimento me atraírem bastante, a
experimentação autora e interativa foram bem mais significativas e sedutoras. Mas,
essa percepção foi “passando batida” até então, provavelmente
pelo meu pouco acesso inicial, o que não me permitia requerer mais
do que era oferecido, mas agora no meu uso diário tenho visualizado
melhor certas mudanças e me tornando mais uma fomentadora de novas
funcionalidades. Tenho utilizado há algum tempo um recurso de
"experiência de usuário", que aparece quando inicio alguns
programas e ele pede permissão para acessar meus dados de uso com
a intenção de melhorar as próximas versões do programa ou realizar correções nas atualizações, o que pode ser mais bem experimentado pelos usuários avançados de aplicativos com licença livre, pois eles podem modificar e aperfeiçoar esses programas. Quanto à próxima fase notei
que, como faço constantes pesquisas de sites de Educação, passei a
receber e-mails com ofertas de produtos relacionados a Educação, os
incômodos spams, uma mostra do que será uma experiência de navegação
cada vez mais personalizada e direcionada à necessidade do usuário,
que a partir de uma web database reduzirá o tempo e o número de pesquisas, tornando-se uma experiência mais
eficiente. Esta é de fato uma necessidade que tenho quando realizo
buscas, pois recebo uma relação de sites que atendem aos diversos
sentidos dos termos pesquisados e dificultam a localização da
informação pretendida e que um refinamento da pesquisa ajudaria muito a contornar. No entanto, nisso também se perde alguma privacidade e a possibilidade de se deparar com algo inusitado para o gosto do usuário, mas que ainda assim lhe agrade.
Fontes:
Alessandro Greco. ... e ele criou a web. Disponível em: http://veja.abril.com.br/especiais/tecnologia_2006/p_040.html. Acesso em: 19/04/2012.
Carlos Alberto. Web 3.0 ou Web semântica? Disponível em: http://www.hosanarte.com/web-3-0-ou-web-semantica. Acesso em: 15/04/2012.
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Conceituando
o que é Web 2.0. Disponível
em:http://web2.0br.com.br/conceito-web20/.
Acesso: 15/04/2012.
Danilo
Amoroso. O que é Web 2.0? Disponível
em:http://www.tecmundo.com.br/web/183-o-que-e-web-2-0-.htm.
Acesso em: 15/04/2012.
Gustavo
Freitas. O que é Web 2.0? Vamos descobrir agora! Disponível
em:http://www.novonarede.com.br/blog/index.php/2010/03/o-que-web-2-0-vamos-descobrir-agora/.
Acesso: 15/04/2012.
José
Carlos Mota. Da Web 2.0 ao e-learning 2.0: Aprender na rede.
Disponível em:http://orfeu.org/weblearning20/1_1_genese_do_conceito.
Acesso: 15/04/2012.
Miguel
Monteiro. O que é uma buzzword? Disponível em:
http://www.janelanaweb.com/digitais/monteiro9.html.
15/04/2012.
Spam.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Spammer.
Acesso em: 15/04/2012.
Web
2.0 entrevista de Eduardo Favaretto. Disponível
em:http://www.youtube.com/watch?v=JgaKFYgAbfs&feature=youtube_gdata_player.
Acesso: 15/04/2012.
4 comentários:
Boa pesquisa, Patrícia. Nos ajuda a compreender a história da Web como um processo e não como algo que simplesmente surge quando a gente liga o computador, não é mesmo?
Minha amiga é tão reflexiva! Gostei da pesquisa
Muita boa a sua reflexão,nos ajuda a compreender mais cobre a historia da web.
Muito legal a sua construção me ajudou muito.
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