domingo, 15 de abril de 2012

Web 1.0, 2.0, 3.0. . .

Em 1999 Darcy DiNucci publica na Print Magazine um artigo introduzindo o termo web 2.0, que anuncia que várias mudanças na web a estava tornando mais interativa, mais interconectada e mais presente no cotidiano das pessoas (fonte). Mas o mérito de desenvolvimento do conceito fica para Tim O' Reilly fundador da O'Reilly Media, Inc. e Dale Dougherty vice-presidente, que numa conferência em 2005 desenvolve o conceito web 2.0, que para alguns é uma natural evolução da web que atende à necessidade das pessoas de interagir com o conteúdo, passando de meros receptores de informações a autores, produtores de informação, diferente do que acontecia com a TV (ver mais).
Nessa fase o foco da evolução da rede é o usuário, este passa a poder contribuir, colaborar e cooperar no seu uso e com sua experiência na construção de sites, programas e na difusão de informação. Isto remete ao conceito de inteligência coletiva, pois a partir de informações de uso e demandas dos interagentes, cada vez mais são construídos aplicativos web que permitem o uso da internet como plataforma de processamento e distribuição de arquivos, participação e interação dos usuários com o conteúdo e entre eles próprios, o que antes só era possível através de e-mail. Exemplos de aplicativos mais conhecidos: blogs, youtube, wikipedia e Picnik (editor de imagens online, extinto recentemente).
A partir da publicação de um artigo do jornalista John Markoff no The New York Times, que prevê que no próximo passo da evolução da rede o foco será a organização, estruturação e uso inteligente dos conhecimentos difundidos. Passou a ser considerado que o interagente web, experimentará uma personalização na sua busca de dados numa “rede semântica”, conceito postulado por Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web, que conhecemos pela sigla www e que não patenteou a web, que ele acredita só ter se tornado o fenômeno de hoje justamente por não ser um software proprietário. A expectativa é de que, com a Web 3.0, a busca será mais precisa e direcionada pois a rede realizará a pesquisa a partir da análise das informações dos hábitos de acesso, gostos e preferências do usuário, interpretando o sentido do que ele deseja encontrar, ou melhor dizendo, do que ele literalmente pergunta à rede. Os usuários serão interpretados pela rede.
Mas, muitos pensadores questionam o frenezi que cerca a nomenclatura Web 2.0, afirmam que não passa de marketing, a que chamam de buzzword (alarido em torno de uma nova palavra surgida a partir da necessidade de explicar a internet),  pois entendem que as suas funcionalidades são naturais evoluções da rede, que cada vez mais indepedem das grande corporações para serem promovidas, uma vez que são criadas a partir das necessidades e da experiência dos usuários. Alguns também afirmam que a validade dessas funcionalidades não se perderiam se tais nomenclaturas não fossem criadas e que para a grande maioria que ainda não possuem acesso à rede mundial, excluídos digitais, essas fases evolutivas não serão sequer percebidas, portanto não se fazem necessárias. (Ver mais).
Numa breve reflexão sobre a pouca evolução da web que pude vivenciar, já que não tive muito acesso a rede mundial quando ela era utilizada mais como fornecedora de informação, confirmo que a possibilidade de interação foi sem dúvida o divisor de águas na minha experiência de usuária. Pois, apesar dos recursos de comunicação, informação e entretenimento me atraírem bastante, a experimentação autora e interativa foram bem mais significativas e sedutoras. Mas, essa percepção foi “passando batida” até então, provavelmente pelo meu pouco acesso inicial, o que não me permitia requerer mais do que era oferecido, mas agora no meu uso diário tenho visualizado melhor certas mudanças e me tornando mais uma fomentadora de novas funcionalidades. Tenho utilizado há algum tempo um recurso de "experiência de usuário", que aparece quando inicio alguns programas e ele pede permissão para acessar meus dados de uso com a intenção de melhorar as próximas versões do programa ou realizar correções nas atualizações, o que pode ser mais bem experimentado pelos usuários avançados de aplicativos  com licença livre, pois eles podem modificar e aperfeiçoar esses programas. Quanto à próxima fase notei que, como faço constantes pesquisas de sites de Educação, passei a receber e-mails com ofertas de produtos relacionados a Educação, os incômodos spams, uma mostra do que será uma experiência de navegação cada vez mais personalizada e direcionada à necessidade do usuário, que a partir de uma web database reduzirá o tempo e o número de pesquisas, tornando-se uma experiência mais eficiente. Esta é de fato uma necessidade que tenho quando realizo buscas, pois recebo uma relação de sites que atendem aos diversos sentidos dos termos pesquisados e dificultam a localização da informação pretendida e que um refinamento da pesquisa ajudaria muito a contornar. No entanto, nisso também se perde alguma privacidade e a possibilidade de se deparar com algo inusitado para o gosto do usuário, mas que ainda assim lhe agrade.
 

Fontes:

Alessandro Greco. ... e ele criou a web. Disponível em: http://veja.abril.com.br/especiais/tecnologia_2006/p_040.html. Acesso em: 19/04/2012.

Carlos Alberto. Web 3.0 ou Web semântica? Disponível em: http://www.hosanarte.com/web-3-0-ou-web-semantica. Acesso em: 15/04/2012.

Conceituando o que é Web 2.0. Disponível em:http://web2.0br.com.br/conceito-web20/. Acesso: 15/04/2012.

Danilo Amoroso. O que é Web 2.0? Disponível em:http://www.tecmundo.com.br/web/183-o-que-e-web-2-0-.htm. Acesso em: 15/04/2012.

Gustavo Freitas. O que é Web 2.0? Vamos descobrir agora! Disponível em:http://www.novonarede.com.br/blog/index.php/2010/03/o-que-web-2-0-vamos-descobrir-agora/. Acesso: 15/04/2012.

José Carlos Mota. Da Web 2.0 ao e-learning 2.0: Aprender na rede. Disponível em:http://orfeu.org/weblearning20/1_1_genese_do_conceito. Acesso: 15/04/2012.

Miguel Monteiro. O que é uma buzzword? Disponível em: http://www.janelanaweb.com/digitais/monteiro9.html. 15/04/2012.

Spam. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Spammer. Acesso em: 15/04/2012.

Web 2.0 entrevista de Eduardo Favaretto. Disponível em:http://www.youtube.com/watch?v=JgaKFYgAbfs&feature=youtube_gdata_player. Acesso: 15/04/2012.


4 comentários:

Ka disse...

Boa pesquisa, Patrícia. Nos ajuda a compreender a história da Web como um processo e não como algo que simplesmente surge quando a gente liga o computador, não é mesmo?

Unknown disse...

Minha amiga é tão reflexiva! Gostei da pesquisa

Rebeca disse...

Muita boa a sua reflexão,nos ajuda a compreender mais cobre a historia da web.

Ana Cristina disse...

Muito legal a sua construção me ajudou muito.